quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Soraia não foi convidada

Era segunda-feira e Soraia estava mais uma vez na escola. A escola era um dos lugares preferidos de Soraia, pois tinha muitas amigas e aprendia a realizar sempre novas atividades, fazer novas leituras e aprender matemática.

Sim, Soraia adorava a matemática, pois podia brincar de lojinha e mercadinho com suas bonecas fazendo contas e vendendo com dinheirinhos de brinquedo.

Mas nesse dia aconteceu algo que deixou Soraia muito triste. Ela reparou que no final da aula, algumas de suas amigas receberam um convite da Gisele, e de longe percebeu que elas guardavam na mochila muito felizes.

Soraia ficou muito curiosa para saber o que seria, e ficou esperando para receber o seu. Mas Gisele não lhe entregou nenhum convite...

Pouco depois a mamãe chegou para lhe buscar, e Soraia, já com os olhinhos vermelhos, entrou no carro e desabou a chorar.

A mamãe preocupou-se, sentou-a no seu colo e começou a perguntar o que acontecera. Soraia explicou tudinho, mas os soluços e o choro não paravam. Era uma grande tristeza ter sido esquecida pela colega Gisele para a festa de aniversário.

Ao chegar em casa, já um pouco mais consolada, Soraia e mamãe sentaram na cama para conversar melhor, e logo foram compreendendo juntas o que havia acontecido.

A verdade é que Soraia e Gisele não tinham ainda construído uma amizade verdadeira, pois elas eram muito diferentes, gostavam de coisas diferentes e tinham amigas diferentes. Elas não eram inimigas e também nunca tinham brigado, mas simplesmente não tinham nenhuma amizade por serem muito diferentes em seus gostos.

Soraia gostava de brincar com animaizinhos, Gisele não; Soraia gostava de praticar balé, e Gisele jogava vôlei; Soraia gostava de ler e ouvir historinhas, enquanto Gisele gostava de jogar jogos de tabuleiro; Soraia gostava de brincar de casinha, mas Gisele gostava de brincar de pega-pega. Assim, na escola elas nunca tiveram a oportunidade de estarem juntas, pois eram muito diferentes, cada uma do seu jeito.

Por causa disso, mamãe lhe explicou que Gisele deve ter chamado para sua festinha apenas as crianças com quem ela tinha mais amizade, para que a festa fosse divertida para todas e elas pudessem brincar juntas com algo que todas gostassem.

Não ter sido convidada não era uma coisa ruim, pois se Soraia fosse à festa, talvez achasse uma verdadeira chatice, não se divertindo com coisas que ela realmente não gostava de fazer.

Então mamãe combinou uma coisa com Soraia: - No dia da festa, vamos nós duas fazer algo juntas. Quem sabe ir ao shopping, comer coisas gostosa e fazer coisas divertidas... Que tal?!

Soraia concordou na hora, e as duas começaram a planejar o que fazer: podiam fazer um piquenique com bonecas e levar o cachorrinho Dudu junto ao parque; podiam ir ao cinema com outras amigas e comer uma bacia cheia de pipocas; podiam ir à livraria, ler e escolher alguns livrinhos para comprar... eram tantas as ideias que logo a tristeza transformou-se em alegria!

Assim Soraia compreendeu que cada pessoa tem a sua forma de se alegrar, e que a festa de aniversário pode ser um momento só para os amigos mais próximos. Não há nada de errado em não ser chamado para a festa de alguém! Soraia não se entristeceu mais por não fazer parte do grupo de amigos da Gisele, mas ficou muito feliz por ver que tinha ao seu lado sempre alguém tão amada como a mamãe para lhe apoiar.

Como é bom quando conseguimos compreender as pessoas e buscar a nossa própria alegria! Como é bom quando temos uma família unida onde todos se amam de verdade!


Fim

Após a leitura dessa história converse com seu filho sobre:

1 - Nós sabemos respeitar as diferenças de opiniões entre as pessoas?
2 - Nós precisamos ter raiva de alguém só porque ele é diferente de nós?
3 - O que podemos fazer para nos aproximar e nos tornarmos amigos de alguém diferente de nós?
4 - O que podemos fazer se alguém não tem interesse em nossa amizade?

terça-feira, 21 de maio de 2013

Soraia ganha um cachorrinho

Naquele sábado, enquanto o papai viajava, Soraia foi com a mamãe ao centro da cidade e lá conheceram uma loja chamada Pet Shop.

A Pet Shop era um loja onde vendia-se filhotes de animais de estimação e todo tipo de produtos para gatos, cachorros, aves canoras e peixes ornamentais.

Soraia logo correu para um cercadinho onde havia apenas um cachorrinho filhote, e o bichinho era a coisa mais linda: tinha os olhos castanhos, pelos caramelados, longos e macios. Suas patinhas eram fofas e ele abanava o rabinho curto sem parar, demonstrando amizade e carinho pela Soraia.

Soraia sempre teve um pouco de medo de animais, e por isso pediu que a mamãe o pegasse para que ela pudesse acariciá-lo.

Aos poucos Soraia foi se acostumando com o filhotinho, que parecia ser mansinho, e carregou-o no colo. Ele era tão levinho e fofinho que Soraia não queria mais soltá-lo, pedindo que mamãe o comprasse para levar para casa.

Assim a mamãe concordou e acabou comprando o pequeno filhote de poodle. Agora faltava dar um nome ao bebê, e Soraia foi quem escolheu: o cachorrinho iria chamar-se Dudu.

Chegando em casa, mamãe combinou com Soraia como seriam as regras para criar o animal de estimação: todos deveriam ajudar na alimentação e limpeza das sujeiras que Dudu fizesse pela casa.

Decidiram o lugar onde ficaria o tapetinho higiênico (para o Dudu aprender a fazer xixi e cocô), e também o lugar para ficar os pratos de ração e água.

Soraia foi uma menina tão dedicada que, sempre que o Dudu fazia cocô no seu tapetinho, ela mesma retirava a sujeira com a pazinha e a jogava no vaso sanitário, a fim de não deixar mau cheiro na casa. Soraia também colocava a ração no pratinho duas vezes por dia, e nas outras vezes a mamãe a ajudava.

Dudu era uma cãozinho muito brincalhão, e o medo de cachorro que Soraia sentia antigamente logo transformou-se em amizade. Ele lambia, pedia carinho e pulava muito de alegria sempre que Soraia acordava ou chegava da escola.

Criar um cãozinho de estimação em casa era muito gostoso e divertido, além de ser uma tarefa de muitas responsabilidades. E Soraia estava se saindo muito bem!

Como é bom criar um bichinho em casa, brincando e cuidando dele como um verdadeiro companheirinho! Soraia estava muito feliz com o Dudu, e todos na casa se alegravam com as peripécias desse novo amiguinho!


Fim

Após a leitura dessa história converse com seu filho sobre:

1 - Todos na casa devemos a ajudar na limpeza e higiene de um bichinho de estimação?
2 - Nós podemos bater nos animais para ensiná-los?
3 - Por que devemos vacinar nossos animais de estimação?
4 - Os animais também sentem dor e medo? Por que eles gostam tanto de receber carinho?

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Os óculos da Soraia

Na semana passada a mamãe de Soraia lhe disse que havia marcado uma consulta com o oculista para ver como estavam suas vistas.

Soraia, sem entender, perguntou: - O que é oculista?

- Oculista é o médico que examina nossos olhos - disse sua mãe. - Ele fará alguns exames para saber se seus olhos estão enxergando tudo com perfeição e se está tudo bem com eles.

Soraia ficou com medo e apreensiva, pois não sabia que tipos de exames seriam feitos lá no consultório do médico. - Será que ele tira sangue com seringa? Será que ele vai colocar o dedo nos meus olhos? - pensava Soraia.

Chegado o dia da consulta Soraia quis chorar e disse que não precisava ir ao médico, pois sua visão estava ótima. Papai lhe explicou que era necessário fazer os exames de vista e que ele estaria com ela o tempo todo, tranquilizando-a de que não iria doer nada. Mas Soraia ainda tinha medo.

Já na clínica, a sala de espera nem parecia um lugar tão assustador quanto os pensamentos da garotinha: tinha TV, revistas e poltronas macias.

Mas de repente, a moça da recepção abriu uma porta ao lado e chamou o nome de Soraia. O coração disparou, ela agarrou firme nos braços do papai e foram entrando na sala do médico.

Soraia nunca tinha visto tanto aparelho estranho, mas o médico parecia ser um cara legal. Muito simpático, ele perguntou seu nome, sua idade, se ela já sabia ler e se ela sentia dor de cabeça ou se seus olhos embaçavam quando ela tentava ler alguma coisa de longe.

Em seguida o doutor pegou na mão dela e pediu que se sentasse em uma cadeirona, colocando na frente do seu rosto um negócio enorme cheio de lentes, que ele mudava toda hora mostrando letrinhas de vários tamanhos. Aquilo até que era divertido, e o médico parecia meio maluco indo e voltando várias vezes com as letras e perguntando qual estava mais bonita de se ver.

Depois ele pegou Soraia no colo e colocou-a sentada em outro aparelho com dois buraquinhos que parecia um binóculo, e pediu para Soraia olhar e dizer o que havia lá dentro. Ela olhou e sorriu: havia uma casinha bem distante. O médico mexeu mais um pouquinho e a casinha ia e voltava para frente e para trás enquanto ele lhe fazia perguntas.

O exame estava ficando divertido quando o médico disse que acabou. - Já acabou? - perguntou Soraia. Aquilo que parecia ser tão assustador nem pareceu um exame, e sim uma brincadeira de letrinhas e figuras!

Assim o médico fez algumas anotações e disse ao papai que Soraia precisaria usar óculos para corrigir suas vistas, pois os olhos dela estavam com alguma deficiência.

Soraia não gostou da ideia de usar óculos, mas chegando à loja para escolher um modelo logo viu que ficava muito charmosa com eles.

Experimentou óculos cor de rosa, lilás, branco, redondo, retangular, em formato de coração e vários outros tipos, um mais bonito que o outro. Cada óculos que Soraia experimentava lhe fazia lembrar de uma pessoa linda que também usava: a tia Edna, a professora Melina, a prima Natália, a amiguinha Sofia, e tantas pessoas famosas que ela já viu na TV.

Por fim Soraia escolheu um lindo par de óculos, e chegando em casa sua alegria já era muito maior que aquele medo bobo que lhe incomodou por tantos dias. Usar óculos era muito gostoso, pois além de ficar uma gracinha com eles, a garotinha percebeu que assistir TV, fazer tarefas e ler livrinhos era muito melhor agora com óculos do que antes sem eles.

Soraia ficou muito feliz por ter feito aquela consulta no médico e estar usando óculos, e mais uma vez aprendeu que deve sempre confiar na mamãe e no papai quando eles fizerem alguma coisa diferente por ela.

Fim

Após a leitura dessa história converse com seu filho sobre:

1 - Nós devemos ter medo dos médicos?
2 - Por que algumas pessoas precisam usar óculos?
3 - Nós devemos nos envergonhar de usar óculos?
4 - Por que devemos confiar na mamãe e no papai quando eles nos levarem ao médico?

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O estranho amigo de Adalberto

Adalberto tinha muitos amigos, mas um deles sempre lhe pareceu muito estranho. Seu nome era Genaro, e seus hábitos sempre eram diferentes dos demais colegas.

Genaro gostava de lutar, e quando os colegas o chamavam para jogar futebol e vôlei ele sempre arrumava uma desculpa e não participava do jogo.

Quando brincavam de pega-pega Genaro machucava os colegas, pois como ele era mais forte que os outros corria muito e pegava com força, chegava a derrubar alguns. Uma vez quando Adalberto estava como pegador ele conseguiu alcançar Genaro. Mas esse se debateu com tanta força que conseguiu fugir... Por causa disso, muitas crianças nem gostavam de tentar pegar Genaro, pois tinham medo de machucar-se.

Na hora do lanche na escola a lancheira de Genaro vinha quase vazia, com um pouco de chips ou algumas bolachas. Por causa disso ele sempre ficava pedindo o lanche dos outros, que com medo dele nunca diziam "não" e acabavam dando. Mas por que Genaro não levava algo mais nutritivo, como uma banana e um pão com manteiga?

Um dia apareceu na escola um gato magro e faminto. Logo que o viram todas as crianças foram chamar a professora para pedir um pratinho com leite para o bichano. Mas Genaro fez diferente: ele foi até o gato, pegou pelo rabo e o levantou do chão. O pobre animal miou bem alto, deu uma virada rápida e fugiu correndo pelo portão. As crianças ficaram muita bravas com Genaro, que ria e divertia-se com a sua malvadeza.

As tarefas do Genaro eram feitas sem nenhum capricho. Ele pintava sempre com muita pressa e os desenhos ficavam mal feitos como se fosse de uma criança mais nova. Os desenhos de Genaro eram sempre de monstros ferozes lutando ou destruindo coisas.

Genaro tinha também uma mania de não querer escutar as histórias que a professora lia. Ele ficava toda hora interrompendo e querendo que terminasse logo para ir brincar no parquinho da escola. Quando havia um filminho para assistir Genaro ficava chateando as outras crianças, cutucando, fazendo cócegas, não deixava ninguém em paz.

Por causa disso Genaro tinha a fama de ser chato, e ninguém queria ser amigo dele. No aniversário de Genaro a mãe de Adalberto o levou à sua festinha, mas não estava gostoso: só foram três crianças da escola além dos parentes dele, e Genaro ficou um pouco desapontado por receber poucos de seus amigos em sua casa.

Mesmo achando Genaro um menino muito estranho Adalberto sempre se esforçou em tê-lo como amigo. Sempre o chamou para brincar, para jogar bola e para dividir o lanche no recreio. Adalberto também o ajudava nas tarefas e atividades da escola, pois Genaro não conseguia parar quieto para fazer as coisas que a professora pedia. Foi assim que Adalberto aprendeu com sua mãe: que cada pessoa é diferente uma da outra, e mesmo parecendo estranho ou diferente devemos tratá-la bem, como um amigo.

É por isso que Adalberto era uma criança muito querida, divertida e feliz, pois ele era amigo de todos e todos gostavam dele. Ele sabia que era muito melhor ser legal e ter amigos de verdade do que ser chato e viver sozinho.

Fim

Após a leitura dessa história converse com seu filho sobre:

1 - Mesmo sendo maior e mais forte que os outros, devemos causar medo em nossos amigos?
2 - Por que devemos levar um lanche mais saudável e nutritivo para a escola?
3 - É certo machucar os animais?
4 - É melhor ficarmos longe das crianças ruins ou devemos ajudá-las e tratá-las bem para que aprendam a ser boas?

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Soraia anda a cavalo

Era terça-feira e Soraia esperava o papai buscá-la na escola. Mal sabia ela que algo diferente estava para acontecer naquele dia...

Por fim papai chegou, e entrando no carro seguiram para um caminho diferente. Soraria perguntou-lhe aonde estavam indo, e o papai respondeu: - Vamos conhecer um lugar onde as pessoas andam de cavalo.

Meio contrariada Soraia foi com ele, e após passar por uma estradinha de terra bem empoeirada, chegaram no Rancho Diamante. Já estava anoitecendo e havia muita luz iluminando o local.

Desceram do carro de mãos dadas e foram caminhando por ali. O terreno era gramado, havia uma casinha  com varanda e uma lanchonete, alguns cachorrinhos preguiçosos dormindo pelo chão, além de mesas e cadeiras onde algumas pessoas tomavam refrigerante com salgados e conversavam enquanto observavam seus filhos andando de cavalo.

O lugar onde se andava a cavalo era um local grande, com uma terra fofa e cercado, e seu nome era Arena.

Soraia logo correu para o cercado da arena para ver os cavalos. Eram lindos! Alguns brancos, outros com cor de caramelo, outros marrons e também um malhado com duas cores. Mas a grande surpresa é que todos eles estavam sendo montados por meninas!

De repente uma dessas meninas passou bem pertinho da cerca e parou o seu cavalo perto de Soraia, que segurou bem firme na mão do papai e e afastou-se da cerca. Ela estava com medo, pois nunca esteve assim tão perto de um cavalo tão grande!

Papai pegou-a no colo e passou a mão na cabeça do cavalo, mas Soraia não teve coragem de acariciá-lo. Estava gostando de ver os animais assim de perto, mas ainda não queria tocar neles.

Em seguida chegou o professor de montaria e apresentou-se: - Olá amigos, eu sou o Renato! Querem dar uma volta de cavalo?

Soraia sorriu um pouco indecisa e com muita curiosidade, mas ainda sentia um certo medo do animal. Renato tranquilizou-a dizendo que os cavalos eram mansos e treinados, e chegavam a ser até mais mansos que um cãozinho de estimação. Convidou-os para conhecer as baias, que era o lugar onde os cavalos comiam e dormiam.

Foram até lá e Soraia começou a sentir-se mais confiante. Havia mais de 40 cavalos, cada um na sua baia, e o que ela mais gostou foi de um potro chamado Apache, lindo de cor marrom e com manchas brancas. O professor disse que ele era um filhote muito sapeca e saltitante, e que estava sendo treinado para cavalgar.

De repente Soraia pediu o colo do papai e aproximou-se do Apache, vencendo o medo e passando a mãozinha na cabeça do potrinho. Ele tinha o pelo duro, mas a crina era muito macia. Aquele foi um momento muito emocionante para Soraia, que sorria e vibrava! Ela não queria mais sair de perto do cavalinho e ficava acariciando seu pelo sem parar. Aquilo encheu-a de coragem, pois viu que os cavalos eram grandes mas bonzinhos, não havia motivo para ter medo.

Já mais segura de que os cavalos não eram perigosos, Soraia correu de novo para a cerca da arena para ver as meninas cavalgarem, e ali descobriu que a mais novinha de todas chamava-se Bia, e tinha apenas quatro aninhos. Então ela virou-se para o papai e disse - quero andar de cavalo!

Aquilo foi uma surpresa, pois em um único dia Soraia conheceu um lugar novo, chegou perto de um cavalo de verdade, passou a mão em um deles e ainda decidiu cavalgar! Isso sim era uma criança corajosa!

Então o professor Renato pegou ela no colo e colocou-a na sela de um cavalo muito bonito chamado Sabonete. Ele sentou-se atrás dela e foram cavalgando lentamente pela arena.

Soraia viu que cavalgar não era difícil. Aquilo foi muito emocionante, ela adorou! Finalmente eles pararam e o professor Renato desceu ela do cavalo. Mas sua alegria não tinha fim, Soraia queria mais!

Após esse passeio seu pai matriculou-a na escola de equitação para ela aprender a montar e dominar o cavalo, e essa novidade não podia esperar: ela tinha que ligar logo para a mamãe e para o vovô para compartilhar e contar tudo o que aconteceu!

Aquele foi um dia especial para Soraia, pois ela confiou no papai e experimentou fazer algo que nunca havia feito. Assim Soraia aprendeu mais uma coisa: sempre deve confiar no papai e na mamãe e experimentar fazer coisas novas junto com eles, pois aquilo que parece chato ou perigoso, na verdade pode ser algo muito legal e divertido!


Fim

Após a leitura dessa história converse com seu filho sobre:

1 - Vale a pena conhecer lugares e coisas novas?
2 - Podemos confiar no papai e na mamãe para experimentar fazer algo que nunca fizemos?
3 - É bom tentarmos vencer o medo para fazer algo que seja seguro acompanhado pelos pais?
4 - Devemos tentar fazer coisas novas ou diferentes sem a supervisão de um adulto responsável (como o papai, mamãe ou professor)?

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O estranho mundo de Adalberto

Adalberto era um menino de 6 anos que morava em uma cidade onde tudo parecia muito estranho.

Era estranho como haviam poucas árvores nas calçadas e muitos carros nas ruas. Por que será que as pessoas tiravam as árvores tão lindas e com sombras refrescantes para construírem ruas cheias de carros barulhentos?

A escola de Adalberto também tinha pessoas estranhas. Crianças brincavam de se empurrar, lutar e machucar uns aos outros. Por que será que as crianças não brincavam juntas de criar cidades de mentirinha, de construir coisas com os brinquedos, de fazer jogos e disputas?

No supermercado, sempre que ia com sua mãe Adalberto achava muita coisa estranha por lá. Por que será que vendiam tanta coisa de comer em pacotes de plástico, latas e papelão e poucas coisas colhidas da natureza?

Quando ia passear no shopping com seus pais, Adalberto logo via crianças fazerem coisas estranhas. Muitos saiam de perto de sua mãe e iam andar sozinho para longe e chegavam a subir pela escada rolante sem segurar no corre-mão. Por que será que as crianças faziam coisas tão perigosas, podendo até se acidentar ou perder-se de seus pais para sempre?

Nos parques e calçadas da cidade Adalberto sempre via animais domésticos soltos, famintos e sem donos. Por que será que as pessoas não cuidavam de seus bichos em casa e os soltava na cidade para viverem abandonados e sem os cuidados de alguém?

Outro dia, quando voltava de carro para casa, Adalberto reparou que em muitos semáforos haviam crianças que pediam dinheiro para os motoristas, e andavam de lá para cá em busca de moedinhas. Por que será que essas crianças tão pequenas não estavam com seus pais? Quem teria deixado que eles ficassem em lugares tão perigosos como as ruas da cidade?

Um dia Adalberto fez algumas perguntas a sua mãe sobre todas essas coisas, e ela respondeu-lhe:

- Filho, muitas pessoas não entendem o quanto sua vida é importante. Por isso não preservam a natureza e derrubam árvores para construir ruas, machucam seus coleguinhas para divertir-se pensando que são mais espertos do que eles, comem alimentos artificiais para terminar mais rápido porque estão sempre com pressa, gostam de ficar longe de seus pais para fazer tudo o que é perigoso sem ninguém para lhes dar uma bronca, abandonam seus animais de estimação porque pensam que eles não sofrem dor, frio e fome, e também largam seus filhos na rua a pedir dinheiro porque têm preguiça de trabalhar para receber o salário e comprar alimentos para toda a família.

Assim Adalberto começou a entender que muitas pessoas não se preocupam em fazer o que é correto, seguro e saudável. Mas ele, um garoto muito esperto, não viveria daquela maneira. Porque Adalberto era um menino legal, e queria ser um adulto inteligente, feliz e com muita saúde para divertir-se sempre com seus amigos, mesmo depois de grande.

O mundo em que Adalberto vivia parecia estranho mas ele estava disposto a mudá-lo, em fazer dele um mundo melhor!


Fim

Após a leitura dessa história converse com seu filho sobre:

1 - É bom ou ruim destruir as coisas nascidas na natureza?
2 - Na escola, na família e na cidade é certo brigar, machucar e maltratar as pessoas?
3 - É mais saudável nos alimentarmos de produtos colhidos da natureza?
4 - É nosso dever ensinar as pessoas a viver melhor respeitando a sua saúde, as outras pessoas e o meio ambiente?

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Soraia ajuda o papai a lavar o carro

O domingo estava quente, e o papai de Soraia decidiu lavar o carro. Mais do que depressa, Soraia pediu para ajudá-lo.

O papai aceitou sua ajuda, mas pediu-lhe para calçar os chinelos para que não escorregasse. Antes de começar a lavagem, papai teve outra ideia: por que não colocar na Soraia o maiô de natação? Assim, com o piso molhado e escorregadio, poderiam brincar e se refrescar com a mangueira sem se machucar.

Soraia adorou a ideia e correu ao seu quarto para colocar o maiozinho. A brincadeira não poderia ficar melhor, quando a campainha da casa tocou: era Tiago, o vizinho e amiguinho de Soraia chegando para brincar. Mal sabia ele que a família estava lavando o carro e se divertindo com a água no quintal!

Soraia vibrou com sua chegada, pegou em sua mão e o levou para ajudar também. Antes de recomeçarem o serviço, papai foi pedir à mãe de Tiago se ela o deixava brincar na água, colocando assim uma sunguinha.

Tiago voltou, e já com roupas de piscina pegou um pano úmido a começou a ajudar esfregando o carro ao lado do papai de Soraia, enquanto ela jogava a água com a mangueira.

Não demorou muito para o serviço transformar-se em bagunça pois Soraia, ao invés de jogar água no carro, jogava mesmo é no papai e no Tiago, que fazia poses engraçadas e muitas caretas cada vez que levava um jato de água.

A tarde estava muito divertida, todos ficaram muito molhados. E até papai entrou na brincadeira quando fingia que os jatos de água eram abelhas, e ele pulava e se coçava como se tentasse espantar os insetos.

No final, após aquela molhadeira, a mamãe de Soraia colocou as duas crianças no box do banheiro para tomar um banho quente, secou-os e vestiu-os com roupão de banho. Já quentinhos, os dois amiguinhos terminaram o dia assistindo desenho na TV e comendo pipocas com suco de laranja.

Soraia estava muito feliz, pois passara mais um domingo divertindo-se com a família e seu amigo, e todos eram muito unidos.

Como é bom quando todos se amam!

Fim

Após a leitura dessa história converse com seu filho sobre:

1 - Para brincar com água é preciso tomar alguns cuidados para não provocar acidentes?
2 - Uma criança deve brincar com água no quintal sem um adulto por perto?
3 - Devemos brincar com água em algum lugar sem pedir ao papai ou à mamãe?

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Soraia foi ao parque

Após uma tarde na escola, Soraia parecia ainda cheia de energia!

No carro com o papai e a mamãe, ela estava irrequieta, faladeira e com vontade de brincar. Percebendo isso, e também com vontade de fazer um passeio em família, papai perguntou: - Que tal irmos no parquinho de areia essa noite? - Viva!!!! - gritou Soraia cheia de alegria.

Assim, foram todos para a casa, trocaram de roupa e jantaram. Soraia arrumou seus brinquedos de praia: baldinho, peneirinha, pazinhas, forminhas, e outras coisinhas que gostava de levar para o parquinho de areia.

Chegando lá na praça, o parquinho já tinha várias crianças correndo e brincando, e Soraia não via a hora de descer do carro para juntar-se a elas.

Ao pisar descalça na areia, Soraia já se sentia mais feliz. Que gostoso era sentir a areia nos pezinhos... Levou seus brinquedos, achou um espacinho e sentou-se para brincar. Logo outras crianças foram chegando e sentando ao seu lado para brincarem juntos, e a amizade começou ali mesmo.

Soraia conheceu 5 crianças: Isabela, Maria Clara, Pedrinho, Juninho e Ubaldo. Todos eram educados e gentis, trocavam de brinquedos uns com os outros e se divertiram muito naquela noite.

Juninho tinha uma boca um pouco torta e falava com dificuldade, mas Soraia não se importou com isso. Papai já explicou uma vez que cada pessoa tem o seu jeito, mesmo que alguma coisa parecesse diferente. O mais importante era a sua amizade, a alegria e a vontade brincarem juntos.

Assim, fizeram castelinhos, bolinhos, tortas e até um laguinho de areia para encher de água. Tudo estava muito bom, mas o tempo havia passado e estava na hora de irem embora.

Algumas crianças choraram porque não queriam ir para a casa, mas Soraia obedeceu ao chamado do papai, juntou seus brinquedos, disse "tchau" aos amiguinhos e voltou para o carro com papai e mamãe.

Soraia terminou aquele dia muito feliz. Depois de um dia gostoso na escola ainda brincou no parquinho, fez novas amizades e não fez birra na hora de ir embora, o que deixou papai e mamãe muito orgulhosos dela.

Na hora de dormir, depois de um banho bem quentinho, Soraia deu um beijinho de boa noite no papai e na mamãe e foi para o seu quartinho, na certeza de que aquela noite ainda prometia lhe trazer bons sonhos.

A família de Soraia era uma família unida e feliz.


Fim

Após a leitura dessa história converse com seu filho sobre:

1 - É bom conhecer novas crianças e brincar juntos?
2 - É melhor brincar sozinhos ou compartilhar nossos brinquedos para que todos se divirtam?
3 - Juninho, que tinha a boca um pouco torta, deveria ser tratado igual ou diferente dos outros amiguinhos? Por que?
4 - Por que não devemos chorar e fazer manha quando estiver na hora de terminar a brincadeira?

domingo, 22 de agosto de 2010

Soraia vai à pizzaria

Naquele fim de tarde, Soraia e sua mamãe esperavam a chegada do papai do trabalho.

Papai chegou e foi recebido com beijos e abraços por Soraia, que mal deixava mamãe chegar perto dele. Soraia amava muito seu papai e sempre ficava muito feliz ao reencontrá-lo.

Ao se encontrarem todos juntos, decidiram passear pela cidade e jantar numa pizzaria. Então começaram os preparativos: mamãe deu banho rapidamente em Soraia e todos se arrumaram para o passeio.

Entrando no carro papai colocou Soraia na cadeirinha infantil, prendeu nela o cinto de segurança e seguiram caminho.

Finalmente chegaram! A pizzaria tinha poucas pessoas e o papai logo escolheu uma mesa perto de uma janela bem ventilada.

Naquele momento Soraia começou a fazer manha, pois queria brincar com o vidro de azeite e o paliteiro, o que papai não deixou. Soraia fez tanta manha e resmungou tanto que o papai lhe disse bravo:

- Minha filha, se continuar a fazer manha e não se comportar na mesa vou colocá-la de castigo!

Mesmo assim Soraia não parou. Por sua desobediência e mau comportamento na hora do jantar, o papai cumpriu o que disse e levou Soraia para uma cadeira no outro canto da pizzaria, onde ficaria sentada  sozinha até que se acalmasse.

Soraia chorou mais um pouquinho durante o castigo mas em seguida acalmou-se e ficou a espera do papai.

Vendo que ela se acalmara, o papai dirigiu-se até Soraia e perguntou-lhe: - Minha filha, você está mais calma? Já está decidida em jantar conosco e se comportar na mesa?

Soraia respondeu "sim", e por isso foi retirada do castigo dando um forte abraço no papai antes de voltar à mesa, para juntar-se à mamãe.

Assim o jantar foi maravilhoso. Todos comeram, conversaram, deram risadas e no fim mamãe sugeriu: - Por que não vamos até a sorveteria?

Soraia ficou muito feliz com a ideia, e foram todos para lá, onde encontraram com outras famílias e crianças e tudo foi muito divertido.

Por fim, ao voltar para casa, Soraia entendeu que era muito mais gostoso obedecer o papai e a mamãe para fazer uma coisa de cada vez: jantar enquanto estiverem na mesa e deixar para se divertir mais tarde.

Eles formavam uma família linda e feliz, pois todos se amavam muito...

Fim

Após a leitura dessa história converse com seu filho sobre:

1 - É bom distrair-se com outras coisas na hora do almoço ou do jantar?
2 - É melhor obedecer o papai e mamãe quando eles lhe pedirem algo ou é melhor ficar de castigo?
3 - É mais divertido estarem felizes e juntos durante a refeição ou comerem bravos uns com os outros?